domingo, 6 de fevereiro de 2011

Suzuki GW 250, a mini B-King: perfeita para o Brasil

Marca estaria preparando o lançamento de uma 250 cm³ para o país
Suzuki GW 250

Mais

Atualmente, apenas Yamaha Fazer 250, Honda CB 300 e Kasinski Comet 250 são as motos street presentes nesta faixa de cilindrada em nosso mercado. Recentemente, todas receberam mudanças, sendo que a Honda foi a mais radical, criando um novo modelo sobre a base da antiga Twister. De olho em uma fatia deste mercado, a Suzuki estaria preparando para lançar, já neste ano ou no próximo um modelo para o Brasil, de acordo com informações obtidas nos bastidores. A base seria a GW 250, que foi apresentada em outubro de 2010 no CIMA Show, salão de motos da China. No mercado brasileiro, o modelo provavelmente receba o nome de GSR 250.

Esteticamente, o modelo é baseado na naked B-King. Movida por um moderno monocilindro com refrigeração líquida, duplo comando de válvulas no cabeçote e alimentado por injeção eletrônica, disponibiliza  cerca de 27 cv. Nada foi confirmado oficialmente, mas até na Europa circulam rumores sobre o lançamento desta moto no Brasil. Hoje, vivemos uma realidade promissora em nosso mercado, onde as fábricas estão investindo em novos produtos e novas marcas estão chegando por aí, como a KTM que estará produzindo aqui uma versão com 200 cm³ da espetacular Duke 125. Vamos aguardar.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Alguma Piadas

Havia um senhor bem ignorante que se chamava Zé da Esquina. Num dia de sábado, Zé da Esquina estava vendendo leite, quando uma mulher simpática e alegre pergunta:
- Ô Zé da Esquina! Vendendo leite, né?!
E aí ele responde, com toda ignorância:
- Não... Não... Tô tomando banho (e derramando o leite em cima dele).

Você está pilotando um carro e mantém velocidade constante.
Ao seu lado esquerdo encontra-se um Cisne Enorme.
Ao lado direito, um grande carro de bombeiro, que mantém a mesma velocidade que você.
Na sua frente galopa um porco, que é bem maior do que o seu carro, e você não pode ultrapassá-lo.
Atrás de você vem um helicóptero que voa rente ao chão.
Tanto o porco como o helicóptero mantêm a mesma velocidade que você. O que você faz para sair desta situação em segurança?
Resposta abaixo......
.
.
.
.
Resposta:
Salta do carrossel ... e pára com a cachaça, que isso está te matando!!! 

Quando Deus fez o mundo, para que os homens prosperassem decidiu dar-lhes duas virtudes.
Assim, aos Suíços os fez organizados e respeitosos da lei;
Aos Ingleses, corajosos e estudiosos;
Aos Japoneses, trabalhadores e disciplinados;
Aos Italianos, alegres e românticos;
Aos Franceses, cultos e finos;
Porém, quando chegou a vez dos Brasileiros, disse então ao anjo que escrevia em uma planilha:
- Estes vão ser inteligentes, honestos e petistas!
O anjo anotou, mas logo em seguida, cheio de humildade e de medo, indagou:
- Senhor, a todos os povos do mundo foram dadas duas virtudes, porém, aos brasileiros, foram dadas três! Isto não os fará soberbos em relação aos outros povos da Terra?
- Muito bem observado meu bom anjo! - Exclamou Deus. - Isto é verdade! Façamos então uma correção! De agora em diante, os brasileiros, povo do meu coração, manterão estas três virtudes, mas nenhum deles poderá utilizar mais de duas simultaneamente! Assim o que for petista e honesto não pode ser inteligente, o que for petista e inteligente não pode ser honesto e o que for inteligente e honesto NÃO PODE SER PETISTA.
Palavras do Senhor...
Amém.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Piadas sobre moto e motoqueiros

Comprando Uma MotoPergunta: O que você faz quando compra uma moto e não quer ser roubado?
Resposta: Compra e amarra (Yamaha)

Português e a CurvaPor que os portugueses usam pijama para andar de moto?
- Para fazer a curva deitado!

Moto Kawasaki
Um americano, com sua Ferrari possante, estava a se
mostrar pelas ruas de Nova Iorque. Sem mais nem menos
passa um japonês do seu lado a uns 200 km/h. Olha-o
profundamente e grita:

- Conhece moto Kawasaki?

E o ultrapassa. Furioso o americano não se conforma:

- Quem esse japa pensa que é? Ele vai ver só!

Rapidamente, acelera ao máximo, mas não consegue
alcança-lo a tempo. Volta e pega seu Porche...

- Agora ele vai ver!!! Não se brinca assim comigo...

Logo localiza o japonês pelo retrovisor, mais que
rápido acelera para alcançar sua velocidade, mas o
japonês o ultrapassa com firmeza e grita:

- Conhece moto Kawasaki?

Inconformado olha o japa que some no infinito... Volta
para casa e pega sua Mitsubishi. Agora nunca, ninguém
poderá o ultrapassar! (pelo mesmo é o que pensa.) Mas
que depressa volta para sua rota, procura mas nada de
encontrar aquele japa atrevido. Até que vê ele muito
mais veloz que antes. Confiante ele afunda o pé no
acelerador. Chega bem perto do japonês, que ao vê-lo
começa a acenar. O americano olha-o e consegue
alcançar. Então o japa olha o americano e grita:

- Conhece moto Kawasaki?

E o ultrapassa novamente. O americano já de saco
cheio, não acredita que uma “motico” consiga deixar
sua Mitsubishi para trás e insiste. Acelera e vê o
japonês fazendo a curva, mas some... Insiste. Pisa
fundo e chega na curva. Quando a completa vê que o
japonês esta na pista estirado, todo “arrebentado” e a
moto irreconhecível. Não acreditando pára o carro, dá
ré pra ver o que aconteceu. Chega no japa estiradão no
acostamento, todo esfolado, pára, desce do carro e
desesperado com a situação vai logo perguntando o que
aconteceu. O japonês quase imóvel faz uma força
tremenda, mais responde:

- Conhece moto Kawasaki?

- Sim. E daí? – responde o americano

- Então me diz onde fica o freio.

Piada do Joãozinho e a Moto
-Estava a professora a falar de amor e pede aos seus alunos para darem exemplo de atos de amor.
-A mariazinha apresenta o sequinte:
No dia do aniversario da minha avo, o vovo deu a ela uma caixa de bombons!
-O Ricardo conta:
Um dias meu pai chegou em casa com um ramalhete de flores e o deu a minha mãe.
Nisto o Joãozinho pede a palavra de diz:
Um dia destes o meu vizinho chegou de moto nova e começou a paquerar a minha prima. Papo vai, papo vez e ele convenceu-a a irem dar uma volta de moto. A minha prima subiu na máquina e la foram eles rua abaixo.
-a professora ja ficando impaciente pergunta: mas onde esta o ato de amor desta história?
-o Joãozinho, retruca, mas eu ainda não acabei! e continua:
No fim da rua ele virou a moto em direção a rua principal, mas não percebeu que ele entrou na contra mão! Repentinamente ele se ve com sua mota em frente de um big caminhao. No desespero ele esterca tudo para a esquerda, desvia-se do caminho mas cai num barranco que existia ao lado da rua.
-aprofessora ja irritada retruca, mas Joãozinho eu não vi o ato de amor desta história.
O Joãozinho prontamente retruca:
O ATO DE AMOR EU TAMBEM NÃO VI, MAS QUE ELES SE FODERAM, SE FODERAM!!!

Acidente de Moto

Um motoqueiro vai pela estrada e, sem querer, atropela
um papagaio. Condoído, ele pára, encosta a moto, pega
o papagaio e leva-o pra casa.

Lá, o motoqueiro lhe dá todos os cuidados necessários:
cura os ferimentos, lava as penas do papagaio e o
coloca numa gaiola confortável.
No dia seguinte, com as primeiras luzes, o papagaio
acorda, se espreguiça e, sem conseguir reconhecer o
lugar onde se encontrava, tenta lembrar o que havia
acontecido. A primeira imagem que vem à sua cabeça é
ele indo de encontro à moto.
- Puta merda! - exclama o papagaio. - Matei o cara da
moto e fui em cana!

sábado, 15 de janeiro de 2011

Harley-Davidson fala

Política de Privacidade

Harley-Davidson Inc.'s Política de Privacidade em linha
até à data de 7/17/2007
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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Top 10 lendos MotoGP

TOP 10 LENDAS MOTOGP: 10º Barry Sheene
A LENDA DO 7, por Ricardo S. Araújo

Fazer um Top 10 dos melhores pilotos de todos os tempos é um exercício altamente subjectivo... e altamente interessante. Então quando se trata do Mundial de Motociclismo, o mais antigo campeonato do mundo do desporto motorizado (1949), a tarefa atinge contornos de odisseia. Não é fácil comparar diferentes épocas, diferentes estilos, diferentes tecnologias, além de uma generosa lista de talentos com mais de seis décadas.
O primeiro passo é estabelecer um critério que confira credibilidade à tentativa. Neste caso, optámos por analisar o papel que a moto e a tecnologia inerente desempenharam no sucesso de cada piloto. Por exemplo: entre 1952 e 1974, a única forma de ganhar títulos na classe-rainha era pilotar uma Gilera ou uma MV Agusta oficial. Pilotos brilhantes como Phil Read ou John Surtees ficaram fora desta lista devido à incrível supremacia das motos do conde Agusta. A oposição em cada época também foi tida em conta. A concorrência que Geoff Duke enfrentou nos primórdios do campeonato não foi a mesma que Eddie Lawson teve em 1989, quando correu contra Wayne Rainey, Kevin Schwantz, Michael Doohan e Wayne Gardner...
TOP 10 LENDAS MOTOGP: 10º Barry Sheene -



"Sheene the Machine"

A dura escolha do décimo lugar recaiu numa das primeiras 'superstars' do Mundial: Barry Sheene. O inglês de cabelos longos atingiu uma popularidade inigualável nos anos 70 devido à sua personalidade carismática e atitude determinada. Sheene era uma espécie de Beatle do motociclismo. Filho de um engenheiro do "Royal College of Surgeons", teve uma juventude desafogada onde cultivaria um espírito de rebelde e 'playboy'. Depois de se sagrar campeão britânico de 125cc, estreou-se no Mundial aos 20 anos e foi segundo no primeiro GP que disputou. Ao longo da sua carreira, venceu corridas de 50cc, 125cc, 500cc e da Fórmula FIM 750cc, uma taça criada em 1973 e que Sheene venceu com a Suzuki no ano de estreia. A longa ligação à marca japonesa deu-lhe os dois títulos mundiais de 500cc, em 1976 e 77, numa altura em que o número 7 já arrastava uma imensa legião de fãs.
TOP 10 LENDAS MOTOGP: 10º Barry Sheene -


Para o seu estatuto também contribuiu a rivalidade com Kenny Roberts, com quem travou batalhas memoráveis como no GP da Grã-Bretanha de 1979. Mas, além de adversários em pista, Sheene e Roberts também eram ferozes contestatários das condições de segurança dos circuitos da altura, entre os quais o da Ilha de Man. Menos conhecido foi o facto de Sheene ter inventado um dos primeiros protectores de costas para pilotos, um modelo feito com visores de capacetes e cujos direitos o inglês cedeu depois à Dainese. Retirado na Austrália onde foi comentador das provas do Mundial, Barry Sheene morreu devido a um cancro no estômago e no esófago em 2003. O final humano de uma lenda intemporal.

TOP 10 LENDAS MOTOGP: 9º Freddie Spencer
CHAMAVAM-LHE 'FAST FREDDIE', por Ricardo S. Araújo


"Spencer era como um daqueles relógios caros feitos à mão: perfeito mas frágil". Foi esta a resposta do jornalista inglês David Emmett quando lhe pedimos para descrever Freddie Spencer, o maior prodígio que atingiu o Mundial de Motociclismo na década de 1980.
O norte-americano foi, ao mesmo tempo, um fenómeno e um mistério. O mesmo piloto que venceu a primeira corrida na classe-raínha aos 20 anos e que aos 21 se tornou o mais jovem Campeão do Mundo de sempre, venceu o último GP quando tinha 23 anos... Porquê? A resposta (ou a falta dela) é o que torna a história tão singular.




Rumo ao estrelato

Freddie Spencer era um talento extraordinariamente precoce que fez a formação nas dirt-tracks americanas. Quando mudou para as pistas de asfalto, venceu o campeonato AMA de 250cc à frente de outra lenda com lugar nesta série, Eddie Lawson. Aos 18 anos, chocou o Mundo ao bater os campeões de 500cc Barry Sheene e Kenny Roberts no Desafio Transatlântico, uma interessante competição que todos os anos opunha os melhores pilotos americanos e britânicos.

Não demorou muito até que a Honda recrutasse o prodígio de Shreveport. A marca japonesa colocou-o primeiro nas Superbikes americanas e mais tarde no Mundial de 500cc (na foto), onde venceu a primeira corrida em 1982, com apenas 20 anos. É aqui que nasce a relação entre Spencer e o lendário preparador Erv Kanemoto, com quem Spencer conquistaria os seus três títulos mundiais. O primeiro surgiu em 1983, após uma batalha épica com o tricampeão da Yamaha, Kenny Roberts. A glória suprema aos 21 anos - algo que o mais importante campeonato do motociclismo nunca mais viu.

O princípio do fim

Lesões e um projecto radical (e pouco fiável) da Honda, a NSR-500 V4, minaram a defesa do título em 1984. No ano seguinte, Spencer conseguiu um dos maiores feitos da História do motociclismo. Numa incrível sucessão de corridas e vitórias, o americano começou por ganhar a mais importante prova do seu país, as Daytona 200 em três classes diferentes (!). Seguiu-se o inédito duplo título mundial de 500cc e 250cc... algo que trouxe a Spencer um estatuto de lenda mas também problemas físicos resultantes de centenas de corridas, sessões de treinos e testes. Nunca mais ganhou outro GP.
Muitos disseram que Spencer nunca lidou bem com a pressão resultante de um sucesso meteórico; outros deram uma explicação bem mais científica: Spencer sofria do Síndroma do Túnel Cárpico, uma doença que vários pilotos desenvolvem devido ao esforço exigido nos punhos e antebraços.
TOP 10 LENDAS MOTOGP: 8º KEVIN SCHWANTZ
O ARTISTA DO TEXAS, por Ricardo S. Araújo

O estilo "tudo ou nada" fez de Kevin Schwantz um dos pilotos mais populares da História do motociclismo. Pena que tanto talento tenha rendido apenas um título.

Se hoje em dia for à secção de capacetes da Sport Zone é provável que encontre uma prateleira repleta de exemplares fluorescentes de Valentino Rossi. Não há capacetes de Lorenzo nem de Pedrosa nem de Stoner. O italiano é o único verdadeiro ícone do motociclismo. Pois bem: há 15 anos atrás esse estatuto pertencia a Kevin Schwantz. O capacete do mítico número 34 foi replicado na estrada por milhares de utilizadores das duas rodas. Schwantz representava uma filosofia de ataque sem compromissos, uma constante procura do limite que foi o traço distintivo dos maiores ídolos do desporto motorizado, de Gilles Villeneuve a Colin McRae.
Para Schwantz, o conceito de 'gestão de corrida' não existia. Quanto muito, podia 'preparar' um adversário ao longo de uma corrida, passando-o numa curva e abrindo a trajectória na seguinte... até que na altura decisiva, normalmente na última volta, uma ultrapassagem sobrenatural colocava a Suzuki em definitivo na frente. E isso era ainda mais notável quando os adversários se chamavam Wayne Rainey, Michael Doohan, Wayne Gardner ou Eddie Lawson... A incrível propensão para ultrapassagens 'impossiveis' - baseada numa sensibilidade invulgar para travar 50 metros mais tarde e segurar o inevitável ricochete da Física - era o truque mais famoso do artista Schwantz.



Suzuki condicionou carreira



A história do texano começou como a de tantos outros pilotos: os pais tinha uma loja de motos e o jovem Kevin cresceu rodeado de motores, pneus e corridas. O primeiro ídolo de infância foi a estrela britânica do trial Mick Andrews, que visitava a loja dos Schwantz e mostrava a modalidade ao pequeno Kevin, enquanto este lhe dava umas lições de bilhar. Na adolescência, Schwantz virou-se para o motocross mas viria a abandonar devido a algo recorrente na sua carreira: quedas e lesões.


A histórica ligação à Suzuki começou em 1984, com apenas 20 anos. O piloto e jornalista John Ulrich arranjou-lhe um teste com a equipa Yoshimura Suzuki de Superbikes, e antes colocou-o a fazer voltas o dia todo com uma . Na manhã seguinte, a Yoshimura trouxe a Superbike e horas mais tarde Schwantz já estava a rodar próximo do recorde da pista. Os japoneses queriam assinar logo ali mas o jovem piloto estava mais preocupado em saber como contar a novidade à mãe, uma eterna céptica das corridas...


O resto é história: até se retirar, Schwantz nunca mais correu por outra marca. E talvez isso tenha prejudicado o legado do americano, que durante anos lutou com uma Suzuki RGV500 inferior às Yamaha e Honda da concorrência. As vitórias foram-se sucedendo mas os títulos ficavam para Lawson, Gardner e para o eterno rival, Wayne Rayney, com quem discutiu corridas desde os tempos das Superbikes americanas, em 1987. Quando Rainey ficou paralisado em 1993 e lhe abriu as portas do título, Schwantz começou a encarar o desporto de outra forma. Abdicou em 1995, aos 31 anos, com uma longa lista de lesões e uma legião de adeptos por todo o mundo. São assim os heróis.
TOP 10 LENDAS MOTOGP: 7º Wayne Rainey


Até onde teria chegado Wayne Rainey sem aquela queda no GP de Itália em 1993? Três títulos mundiais não chegam para contar toda a história deste americano brilhante.

O SENHOR PERFEITO, por Ricardo S. Araújo


Os 'ses' são uma das partes mais difíceis ao elaborar um ranking dos gigantes da História. E se... Freddie Spencer não se tivesse eclipsado após a incrível época de 1985? E se... Kevin Schwantz tivesse tido um mentor como Kenny Roberts no início de carreira? E se... Wayne Rainey nunca tivesse ficado paraplégico naquela tarde de Misano em 1993?... Esta é, provavelmente, a maior incógnita da década de 90 do Mundial de Motociclismo. Rainey e a Yamaha estavam a caminho do quarto título consecutivo e em termos históricos poderiam perfeitamente ter alcançado o domínio que Michael Doohan e a Honda exerceram anos mais tarde. Só que um exercício tão subjectivo como eleger os melhores de sempre tem de procurar bases sólidas para ganhar credibilidade... e os 'ses' fazem tudo menos isso. É por isso que Doohan surge à frente de Rainey e Schwantz nesta lista, mesmo se o australiano nunca ganhou um título (foram cinco) perante um adversário do calibre dos dois americanos.

TOP 10 LENDAS MOTOGP: 7º Wayne Rainey -
Classe à parte

Rainey dominou o Mundial no apogeu das brutais 500cc a dois tempos. Máquinas infernais de pouco mais de 100kg e 180 cavalos, com uma pequena faixa de potência mas de uma entrega instantânea e letal: os limites só estavam ao alcance de predestinados.

Talvez por isso, não era normal naquela época ver pilotos de 20 ou 21 anos na classe-rainha como é actualmente. Rainey tinha 27 anos quando se estreou no Mundial de 500cc pela mão de 'King' Kenny Roberts. Para trás ficava a escola incontornável das dirt-tracks, uma experiência prematura nas 250cc e dois títulos americanos de Superbikes. O primeiro em 1987, contra um jovem texano quatro anos mais novo chamado Kevin Schwantz. Os épicos duelos Rainey-Schwantz começaram nesse ano no Desafio Transatlântico, em Inglaterra. Durante as seis épocas seguintes, Rainey e Schwantz foram como Prost e Senna: duas filosofias dominantes e de estilos opostos, o brilhantismo metódico contra o talento exuberante - mas que precisavam um do outro para chegarem ao limite.



Rainey ganhou três títulos consecutivos e liderava o campeonato quando uma queda incaracterística o deixou confinado a uma cadeira de rodas. Procurou os conselhos de Frank Williams e regressou ao Mundial como Team Manager da sua marca de sempre, a Yamaha. Mas para os adeptos ficará a recordação do estilo limpo, de trajectórias quase perfeitas e uma consistência invulgar. Três títulos não contam a história toda sobre Wayne Rainey.

TOP 10 LENDAS MOTOGP: 6º MICK DOOHAN



MÁQUINA DE VENCER, por Ricardo S. Araújo

Michael Doohan ganhou um lugar na História com cinco títulos mundiais e uma determinação lendária. O australiano sobreviveu a quase tudo.

O motociclismo é um dos desportos mais perigosos do mundo. No capítulo da dor física, a lista de campeões do Mundo está cheia de indivíduos que sofreram para lá do imaginável. Sheene e Schwantz, por exemplo, alcançaram a glória depois de um caminho tortuoso, cheio de ossos partidos e articulações lesionadas. Mas este é um desporto cheio de homens especiais... e Mick Doohan é decididamente um deles.



Se algum dia passar pelo australiano irá concerteza reparar nas suas mazelas físicas. A perna direita permanentemente desfigurada e o dedo mínimo da mão esquerda parcialmente ammotado são 'recordações' de uma carreira passada a 'brincar' com os limites. Mas 'limite' era uma palavra constantemente redefinida por Doohan.

Em 1992, uma queda nos treinos do GP da Holanda resultou em várias fracturas na perna direita, numa altura em que Doohan caminhava para o seu primeiro título mundial. Complicações graves levaram os médicos de Assen a ponderar a ammotação, algo que só foi evitado graças à intervenção do famoso Dr. Costa, que levou o piloto para Itália. Doohan tinha então uma vantagem de 53 pontos sobre Wayne Rainey - oito semanas depois, um heróico e prematuro regresso tentou salvar o campeonato mas, debilitado, perdeu o título por quatro pontos. Domingos Piedade, amigo pessoal do australiano há quase 20 anos, conta uma história curiosa sobre esse momento: "Todos no paddock, pilotos incluídos, estavam chocados ao verem o Mick subir e descer da moto com a ajuda dos mecânicos. Como era possível estar a pilotar dois meses depois de quase ter ficado sem a perna? O sentimento era tão forte que se gerou um movimento dos pilotos Honda para o deixarem passar caso ele precisasse dos pontos. Quando o Mick soube disso, jurou que se atirava para o chão se isso acontecesse"...


Entre tubarões

Doohan cresceu na Costa Dourada, no mesmo estado que anos mais tarde viu nascer o seu sucessor, Casey Stoner. Apesar da histórica ligação à Honda, começaria nas Superbikes australianas com a Yamaha. Aos 23 anos, deu nas vistas ao vencer três das quatro corridas que disputou no primeiro Mundial de Superbikes, em 1988. Duas dessas vitórias foram na pista australiana de Oran Park, por mais de 20 segundos. Não admirou que no final do ano tivesse ofertas da Yamaha, Honda e Suzuki para correr no Mundial de 500cc. Doohan escolheu a Honda e nunca mais pilotou para outra marca. Na equipa Rothmans encontrou dois campeões do Mundo, o compatriota Wayne Gardner e Eddie Lawson. Foi a era das brutais 500cc a dois tempos com o Mundial pejado de talento: Lawson, Rainey, Gardner, Schwantz, Mamola, etc.

Apesar do título perdido em 1992, Doohan foi refinando a NSR500 e acabou por torná-la na máquina da década. A sua capacidade para afinar a suspensão e a geometria da moto contribuíram tanto para os seus cinco títulos mundiais como o seu talento e determinação. Ficou igualmente famosa a célebre adaptação do controlo do travão traseiro na manete esquerda, consequência da perda de mobilidade na perna direita.

O fim, definitivo, chegou em 1999 quando voltou a fracturar a perna, o ombro e um pulso. Foram-lhe colocados doze parafusos na perna e Doohan teve de abdicar. Mas o seu carácter é bem resumido por Domingos Piedade: "Uma vez ele ficou em minha casa de férias e os meus filhos viram-no em calções junto à piscina. Eles ficaram muito admirados e perguntaram, 'Mick, o que aconteceu às tuas pernas?!! Ele fez aquele sorriso típico e respondeu, Foi uma luta com tubarões!"...

TOP 10 LENDAS MOTOGP: 5º Kenny Roberts
por Ricardo S. Araújo


Não é por acaso que chamam a Kenny Roberts o 'Rei'. A vida do primeiro campeão mundial vindo dos States foi uma incrível sucessão de êxitos.

Actualmente com 58 anos, Kenneth Leroy Roberts conviveu a vida toda com a palavra 'sucesso'. Os numerosos títulos nas dirt tracks e pistas de asfalto americanas, os três campeonatos mundiais de 500cc, o sucesso obtido enquanto Team Manager da Yamaha, até o inédito título mundial do herdeiro Kenny Jr. (o único caso de um pai e filho campeões do mundo) são testamentos para a posteridade de uma das maiores figuras do motociclismo. Menos conhecidas são outras facetas de 'King' Kenny: a sua demanda pela segurança nos circuitos nos anos 70, que o levou mesmo a ameaçar a FIM com a criação de um campeonato paralelo chamado World Series; o facto de ter sido o precursor de um estilo de pilotagem que influenciou gerações de pilotos depois de si; o facto de ter sido mentor de outros campeões como Eddie Lawson, Wayne Rainey e John Kocinski, este nas 250cc; a corajosa tentativa de atacar o Mundial de 500cc com uma moto própria - financiada pelo governo malaio -, algo que contrastava com o domínio histórico dos gigantes japoneses.
O legado de Roberts só poderá ter sido prejudicado pelo nível da oposição naqueles três títulos mundiais, entre 1978 e 1980. Ficaram célebres os seus duelos com Barry Sheene mas pilotos como Wil Hartog, Johnny Cecotto ou Virginio Ferrari não tinham o mesmo talento da geração que inundou o Mundial na década seguinte. Em 1983, Roberts saiu de cena após perder um quarto título mundial para um fenómeno chamado Freddie Spencer. O frágil e delicado Spencer estava no extremo oposto do rude e determinado Roberts, que se referia ao seu jovem rival como "aquele menino de coro". Mas seria o menino-bonito da Honda a levar a melhor na penúltima prova do ano, na Suécia, quando levou Roberts a sair de pista na última curva da corrida. O veterano ainda venceu o último GP da época em Imola, que se transformou numa despedida adequada para uma carreira notável.



O 'throttle steering'
Antes de atravessar o Atlântico, o jovem Roberts tornou-se uma lenda das competições nacionais da AMA. Nas dirt tracks, a Yamaha pilotada por ele era a única capaz de derrotar a todo-poderosa Harley Davidson, como aconteceu naquela lendária corrida de Indianápolis em 1975. Ainda assim, poucos esperavam que Roberts vencesse o Campeonato do Mundo de 500cc à primeira tentativa em 1978. Foi o primeiro título de um norte-americano na mais importante competição do motociclismo. Além disso, o californiano introduziu uma técnica claramente inspirada nas pistas de terra chamada 'throttle steering'. No fundo, trata-se de aproveitar toda a potência e rotação do motor para sair de uma curva em derrapagem controlada, com a moto a 'apontar' para a trajectória desejada. Roberts também é considerado um dos primeiros pilotos a ter usado a inclinação do joelho para melhor descrever as curvas apertadas. Além de tricampeão mundial e uma figura incontornável, o 'Rei' foi um pioneiro do motociclismo moderno.




KING KENNY GP: 60 Pódios: 44 Vitórias: 24 (500cc, 22; 250cc, 2) Títulos mundiais: 3 (500cc, 1978-80) Primeiro GP: Holanda, 1974 (250cc) Primeira vitória: Venezuela, 1978 (250cc) Última vitória: San Marino, 1983 (500cc) 7 vitórias Fórmula FIM 750cc Bicampeão AMA Grand National (1973-74)
TOP 10 LENDAS DO MOTOGP: 4º Mike Hailwood
Nenhum piloto terá despertado o imaginário dos amantes do motociclismo da sua época como Mike Hailwood. O britânico tornou-se um mito dentro e fora das pistas.

O LENDÁRIO 'THE BIKE', por Ricardo S. Araújo



O quarto lugar deste ranking foi uma das escolhas mais difíceis que tivemos de fazer. Com vários 'monstros' já escalonados anteriormente, surgiram dois nomes para o lugar: Eddie Lawson e Mike Hailwood. A escolha teve que ser feita recorrendo aos critérios definidos inicialmente: o papel da moto no desempenho individual, o nível da oposição em cada época e, em última análise, o sucesso atingido por cada um.

Este último factor dava uma clara vantagem a Hailwood, que foi nove vezes campeão do Mundo (contra quatro de Lawson), venceu 76 Grandes Prémios (31 de Lawson) e ganhou 14 vezes o famoso Tourist Trophy da Ilha de Man. Só que entre 1958 e 1974 (umas incríveis 17 épocas), a única forma de ser campeão na classe-rainha era pilotar uma das MV Agusta oficiais. A supremacia das motos do conde Agusta tornava os seus pilotos em instantâneos favoritos ao título. Hailwood venceu as 500cc por quatro vezes, sempre com as motos italianas. Não que isto retire brilhantismo à performance, mas Lawson foi o primeiro piloto da História a ser campeão com duas motos diferentes em anos consecutivos (algo que só Valentino Rossi igualou, em 2004). Além disso, ao longo de toda a sua carreira, os únicos rivais de peso de Hailwood foram Giacomo Agostini e Phil Read; Lawson, por outro lado, garantiu o quarto título em 1989 numa grelha onde estavam Wayne Rainey, Kevin Schwantz, Mick Doohan, Wayne Gardner, Randy Mamola, Ron Haslam... Estes critérios deram uma vantagem - pequena, é certo - a Eddie Lawson. Mas Mike 'The Bike' terá sempre lugar no panteão dos Grandes.



Talento natural

Quem era afinal Stanley Michael Hailwood? Para quem o viu correr - de pilotos a engenheiros, de preparadores a jornalistas -, Hailwood foi um dos maiores talentos naturais que o motociclismo já conheceu. Um jovem irreverente vindo de uma família rica - o pai fez fortuna a vender motos na Grã-Bretanha - que deixou a escola aos 16 anos para ir trabalhar para a Triumph como simples aprendiz. Alguém que aprendeu a pilotar num terreno de 30 mil metros quadrados onde desgastou uma oval das constantes voltas que dava aos domingos a seguir à missa. Um fenómeno que teve sempre as melhores motos que o dinheiro podia comprar... mas que as levava ao limite com o à-vontade dos predestinados.



Hailwood venceu o primeiro Mundial em 1961 (aos 21 anos), com uma pequena firma japonesa chamada Honda. Foi aí que Soichiro Honda ganhou estima por aquele jovem britânico que lhe deu o título de 250cc com a bela Honda RC161 de quatro cilindros. Anos depois, o fundador da Honda perdoou a rebeldia de Hailwood quando este, furioso com o desempenho dos amortecedores da sua moto, atirou-os para dentro de um lago em Suzuka, onde a equipa estava a testar. Antes disso, Hailwood já tinha sido primeiro piloto a vencer quatro títulos consecutivos de 500cc, na equipa do irascível conde Domenico Agusta, com quem Hailwood se desentendeu por achar que a equipa favorecia Agostini.Mas o verdadeiro testamento do talento de Hailwood deu-se quando ele voltou de um retiro de 11 anos (!) para vencer o TT da Ilha de Man. Na altura, Hailwood tinha-se retirado para a Nova Zelândia, como tantos outros ingleses, para fugir aos impostos. Em 1978, com 38 anos, Hailwood regressou ao perigoso circuito de Man para vencer com uma Ducati 900SS. No ano seguinte, com uma Suzuki RG500 a dois tempos, ele provou que podia adaptar-se à nova realidade vencendo em Man pela última vez. Imagine-se como foi voltar a pilotar uma moto de GP após uma evolução de 12 anos nos motores, quadros, pneus, equipamento, níveis de aderência, distâncias de travagem, etc. Hailwood morreu dois anos depois num trágico acidente de automóvel, mas a sua vida é umas das histórias mais fascinantes do desporto motorizado.
TOP 10 LENDAS DO MOTOGP: 2º Giacomo Agostini
"Há quem tenha nascido artista e há quem tenha nascido poeta; eu nasci para pilotar motos." Giacomo Agostini, 1967


O look de estrela de Hollywood escondia um dos maiores talentos natos da história do motociclismo. O génio de Giacomo Agostini ainda hoje é venerado pelos seus congéneres.
Por: Ricardo S. Araújo



Entre 1968 e 1971 dismotaram-se 69 Grandes Prémios do Mundial de Motociclismo nas duas classes principais, 500cc e 350cc. Essas 69 corridas consecutivas tiveram apenas um vencedor: Giacomo Agostini. O que acabou de ler é, porventura, um dos recordes mais impressionantes da história do Mundial, mesmo se é preciso contextualizá-lo com a esmagadora supremacia da equipa oficial da MV Agusta, e com o facto de Agostini ter ficado sem o seu maior rival no final de 1967: Mike Hailwood. Aliás, há quem defenda que 'Ago' não teria conquistado uns incríveis 15 títulos mundiais se Mike 'The Bike' não se tivesse retirado tão cedo e se o promissor finlandês Jarno Saarinen não tivesse morrido em Monza, em 1973. Porém, a capacidade de Agostini para acumular sucesso adveio do seu extraordinário talento natural. A frase que começou este texto foi proferida no histórico vídeo que apresentamos em baixo, uma das poucas oportunidades de ver e ouvir Agostini em acção.


Manobras do destino


Tal como Mike Hailwood, Agostini nasceu no seio de uma família abastada - dinheiro nunca foi problema. O problema foi convencer o pai, rico industrial de Bergamo, a deixá-lo seguir um desporto tão perigoso. Conta-se que Agostini convenceu um notário amigo da família a passar-lhe um documento que o autorizava a participar em provas de ciclismo... escondendo deliberadamente o prefixo 'moto'. Assim que legalmente habilitado, o jovem Agostini começou a formação nas rampas só depois passando para as pistas. Campeão italiano de 175cc e 350cc, o ragazzo consegue um quarto lugar na estreia no Mundial e chama a atenção do conde Domenico Agusta. Este contrata-o para companheiro do consagrado Hailwood na todo-poderosa MV Agusta.


Logo no primeiro ano, o jovem italiano é vice-campeão das 500cc e só perde o título nas 350cc devido a um problema mecânico na última prova, em Suzuka. Quando no final dessa época Hailwood decide rumar à Honda (queixando-se da preferência do conde Agusta em relação a Giacomo), Agostini fica como primeiro piloto da MV Agusta e começa a sua extraordinária cavalgada: sete títulos nas 350cc e oito (sete consecutivos) nas 500cc. O último foi aos 33 anos, com a Yamaha, o primeiro título de uma moto a dois tempos na classe-rainha. Convertido mais tarde em Team Manager, foi nessa condição que contratou em 1982 um compatriota de nome Graziano Rossi...

TOP 10 LENDAS DO MOTOGP: 1º Valentino Rossi

O que faz de Valentino Rossi o melhor piloto de sempre do MotoGP? A rara combinação de um talento sobrenatural, um carisma incomparável... e as tecnologias da informação.
Ricardo S. Araújo




O ENVIADO DOS DEUSES



Naquele 16 de Setembro de 2007, a sala de imprensa do Autódromo do Estoril fervilhava de jornalistas vindos dos quatro cantos do mundo. Os olhares estavam fixos nos monitores que transmitiam a última volta do GP de Portugal de MotoGP - a vitória era discutida taco-a-taco pela Honda de Dani Pedrosa e pela Yamaha de Valentino Rossi. Quando o italiano saiu da Parabólica ligeiramente à frente de Pedrosa e cortou a meta com 0,175s de vantagem, um grupo de jornalistas espanhóis explodiu numa celebração ruidosa. Confuso, um congénere italiano perguntou o que comemoravam se o 'seu' piloto acabava de perder a corrida. A resposta foi desarmante: "Hombre, quando gana Valentino, ganamos todos. "




Rossi é um dos desportistas mais consensuais do século XXI, alguém que está para o motociclismo como Tiger Woods está para o golfe. O seu talento e personalidade hipnótica quase nos fazem esquecer os seus erros como aquela queda em Valência 2006 quando entregou o título a Hayden, ou as acusações de evasão fiscal em Itália que optou por não rebater, pagando antes 35 milhões de euros. Disso (quase) ninguém se lembra. Na memória estão as celebrações teatrais com a Tribo Dei Chihuahua, ou as mil-e-uma decorações da moto e capacete, e, claro, aquela fabulosa ultrapassagem a Jorge Lorenzo na última curva de Montmeló, um momento que condensou tudo o que as corridas devem ser: a luta de dois homens com armas iguais onde por fim é o talento que prevalece. E que talento...



Predestinado


Mas o que faz Rossi superar Giacomo Agostini e os seus incríveis 15 títulos mundiais? Na prática, trata-se de dois predestinados, dois sobredotados do motociclismo. A diferença é que 'Ago' teve a 'infelicidade' de dominar o Mundial numa época em que as MV Agusta oficiais não tinham oposição (o próprio nível geral dos pilotos era mais baixo desde o abandono de Hailwood e a morte de Saarinen), e numa altura em que a Internet e a TV por cabo eram conceitos de ficção científica.




Rossi, por outro lado, é o verdadeiro ícone global do motociclismo contemporâneo. A famosa batalha com Lorenzo na Catalunha foi vista em directo e a cores por dezenas de milhões em todo o mundo. E quem assistiu a momentos como a fabulosa corrida de Montmeló - as Leis da Física pareceram ficar em 'suspenso' quando o italiano mergulhou a M1 naquela última curva e depois segurou o natural 'ricochete' da gravidade; mas o que talvez poucos recordem é que, algumas voltas antes, Rossi já tinha redefinido os limites da pilotagem quando travou para a primeira curva, viu que Lorenzo tinha travado mais tarde... e voltou a recolher os joelhos para travar AINDA mais tarde! - daqui a 30 anos, esses milhões de felizardos não terão dúvidas em apontar o melhor de todos os tempos. Rossi nunca chegará aos 15 títulos de Agostini, mas ultrapassou o compatriota em (quase) tudo o resto.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Motos lançadas em 2010

Honda 150 Titan Mix EX é opção completa da popular CG; saiba se vale a pena pagar mais
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Em comunicado oficial à imprensa, a KTM anunciou que vai estabelecer uma subsidiária própria no Brasil a partir do próximo ano. Atualmente, a empresa austríaca contava com um distribuidor exclusivo no País, a Áustria Importadora Ltda. “A KTM vai entrar no mercado brasileiro com sua própria subsidiária em 2011. É a atitude certa, no momento certo, já que enxergamos grande [...]

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KTM lança 125 cc para atrair jovens consumidores
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A KTM, famosa por suas vitórias no Rally Paris-Dakar e competições off-road, apresentou no Salão de Colônia, Intermot 2010, seu primeiro modelo street de 125cc. O objetivo da Duke 125 é atrair jovens motociclistas para a marca austríaca. “Não tínhamos um modelo de entrada. Com a nova moto, queremos trazer os jovens para a marca KTM”, declarou Michael Rebler, um [...]

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KAWASAKI NACIONALIZA LINHA VULCAN 900
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Conhecida por combinar o conforto de uma cruiser com o desempenho de uma motocicleta de alta cilindrada, a linha Vulcan 900 terá três modelos montados no país. Importadas do Japão pela Kawasaki Motores do Brasil desde 2009, a Vulcan 900 Classic e a Vulcan 900 Custom já estão sendo produzidas na fábrica no Pólo Industrial de Manaus (AM) e, juntamente com [...]

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As mitológicas Ducati no Salão da Motocicleta
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A Ducati, maior fabricante italiano de motos, estará no Salão da Motocicleta, em São Paulo, mostrando e vendendo as motos ícones de suas linhas. Estarão lá os modelos naked da família Monster, as 696, 1100 e 1100 S, assim como as Superbike 848, 1198 e 1198 S, aStreetFighter, as Hypermotard 796 e 1100 e também a grande novidade para o mercado brasileiro, a Multistrada 1200. A [...]

A história da moto

                                                   Tudo começou em 1869

Cartaz de propaganda anunciando os vencedores do 1º Campeonato de Turismo no Brasil, em 1919


A motocicleta foi inventada simultaneamente por um americano e um francês, sem se conhecerem e pesquisando em seus países de origem. Sylvester Roper nos Estados Unidos e Louis Perreaux, do outro lado do atlântico, fabricaram um tipo de bicicleta equipada com motor a vapor em 1869. Nessa época os navios e locomotivas movidas a vapor já eram comuns, tanto na Europa como nos EUA, e na França e na Inglaterra os ônibus a vapor já estavam circulando normalmente. As experiências para se adaptar um motor a vapor em veículos leves foram se sucedendo, e mesmo com o advento do motor a gasolina, continuou até 1920, quando foram abandonadas definitivamente.



Primeira motocicleta com motor de combustão interna, foi fabricada na Alemanha por Gottlieb Daimler, em 1885


O inventor da motocicleta com motor de combustão interna foi o alemão Gottlieb Daimler, que, ajudado por Wilhelm Maybach, em 1885, instalou um motor a gasolina de um cilindro, leve e rápido, numa bicicleta de madeira adaptada, com o objetivo de testar a praticidade do novo propulsor. A glória de ser o primeiro piloto de uma moto acionada por um motor (combustão interna) foi de Paul Daimler, um garoto de 16 anos filho de Gottlieb. O curioso nessa história é que Daimler, um dos pais do automóvel, não teve a menor intenção de fabricar veículos motorizados sobre duas rodas. O fato é que, depois dessa máquina pioneira, nunca mais ele construiu outra, dedicando-se exclusivamente ao automóvel.

Onde colocar o motor?

Ciclomotor de 48cm3: primeiro modelo criado pela Honda, em 1948


O motor de combustão interna possibilitou a fabricação de motocicletas em escala industrial, mas o motor de Daimler e Maybach, que funcionava pelo ciclo Otto e tinha quatro tempos, dividia a preferência com os motores de dois tempos, que eram menores, mais leves e mais baratos. No entanto, o problema maior dos fabricantes de ciclomotores - veículos intermediários entre a bicicleta e a motocicleta - era onde instalar o propulsor: se atrás do selim ou na frente do guidão, dentro ou sob o quadro da bicicleta, no cubo da roda dianteira ou da traseira? Como de início não houve um consenso, todas essas alternativas foram adotadas e ainda existem exemplares de vários modelos. Só no início do século XX os fabricantes chegaram a um consenso sobre o melhor local para se instalar o motor, ou seja, a parte interna do triângulo formado pelo quadro, norma seguida até os dias atuais.

A primeira fábrica

Neckarsülm alemã de 1906, a motocicleta mais antiga na exposição do Museu Histórico Nacional


A primeira fábrica de motocicletas surgiu em 1894, na Alemanha, e se chamava Hildebrandt & Wolfmüller. No ano seguinte construíram a fábrica Stern e em 1896 apareceram a Bougery, na França, e a Excelsior, na Inglaterra. No início do século XX já existiam cerca de 43 fábricas espalhadas pela Europa. Muitas indústrias pequenas surgiram desde então e, já em 1910, existiam 394 empresas do ramo no mundo, 208 delas na Inglaterra. A maioria fechou por não resistir à concorrência. Nos Estados Unidos as primeiras fábricas - Columbia, Orient e Minneapolis - surgiram em 1900, chegando a 20 empresas em 1910.
Tamanha era a concorrência que fabricantes do mundo inteiro começaram a introduzir inovações e aperfeiçoamentos, cada um deles tentando ser mais original. Estavam disponíveis motores de um a cinco cilindros, de dois a quatro tempos. As suspensões foram aperfeiçoadas para oferecer maior conforto e segurança. A fábrica alemã NSU já oferecia, em 1914, a suspensão traseira do tipo monochoque (usado até hoje). A Minneapollis inventou um sistema de suspensão dianteira que se generalizou na década de 50 e continua sendo usada, hoje mais aperfeiçoada. Mas a moto mais confortável existente em 1914 e durante toda a década era a Indian de 998cm3 que possuía braços oscilantes na suspensão traseira e partida elétrica, um requinte que só foi adotado pelas outras marcas recentemente. Em 1923 a motocicleta inglesa Douglas já utilizava os freios a disco em provas de velocidade. Porém, foi nos motores que se observou a maior evolução, a tecnologia alcançando níveis jamais imaginados. Apenas como comparação, seriam necessários mais de 260 motores iguais ao da primeira motocicleta para se obter uma potência equivalente a uma moto moderna de mil cilindradas. Após a Segunda Grande Guerra, observou-se a invasão progressiva das máquina japonesas no mercado mundial. Fabricando motos com alta tecnologia, design moderno, motor potente e leve, confortáveis e baratas, o Japão causou o fechamento de fábricas no mundo inteiro. Nos EUA só restou a tradicional Harley-Davidson. Mas hoje o mercado está equilibrado e com espaço para todo mundo.

A Motocicleta no Brasil
A história da motocicleta no Brasil começa no início do século passado com a importação de muitas motos européias e algumas de fabricação americana, juntamente com veículos similares como sidecars e triciclos com motores. No final da década de 10 já existiam cerca de 19 marcas rodando no país, entre elas as americanas Indian e Harley-Davidson, a belga FN de 4 cilindros, a inglesa Henderson e a alemã NSU. A grande diversidade de modelos de motos provocou o aparecimento de diversos clubes e de competições, como o raid do Rio de Janeiro a São Paulo, numa época em que não existia nem a antiga estrada Rio-São Paulo.
No final da década de 30 começaram a chegar ao Brasil as máquinas japonesas, a primeira da marca Asahi. Durante a guerra as importações de motos foram suspensas, mas retornaram com força após o final do conflito. Chegaram NSU, BMW, Zündapp (alemãs), Triumph, Norton, Vincent, Royal-Enfield, Matchless (inglesas), Indian e Harley-Davidson (americanas), Guzzi (italiana), Jawa (tcheca), entre outras.
A primeira motocicleta fabricada no Brasil foi a Monark (ainda com motor inglês BSA de 125cm3), em 1951. Depois a fábrica lançou três modelos maiores com propulsores CZ e Jawa, da Tchecoslováquia e um ciclomotor (Monareta) equipado com motor NSU alemão. Nesta mesma década apareceram em São Paulo as motonetas Lambreta, Saci e Moskito e no Rio de Janeiro começaram a fabricar a Iso, que vinha com um motor italiano de 150cm3, a Vespa e o Gulliver, um ciclomotor.
O crescimento da indústria automobilística no Brasil, juntamente com a facilidade de compra dos carros, a partir da década de 60, praticamente paralisou a indústria de motocicletas. Somente na década de 70 o motociclismo ressurgiu com força, verificando-se a importação de motos japonesas (Honda,Yamaha, Susuki) e italianas. Surgiram também as brasileiras FBM e a AVL. No final dos anos 70, início dos 80, surgiram várias montadoras, como a Honda, Yamaha, Piaggio, Brumana, Motovi (nome usado pela Harley-Davidson na fábrica do Brasil), Alpina, etc. Nos anos 80 observou-se outra retração no mercado de motocicletas, quando várias montadoras fecharam as portas. Foi quando apareceu a maior motocicleta do mundo, a Amazonas, que tinha motor Volkswagen de 1600cm3. Atualmente a Honda e a Yamaha dominam o mercado brasileiro, mas aí já deixou de ser história.
Texto publicado com autorização do site : www.motoesporte.com.br